O ser humano na face da Terra e, em outros Planos… Por enquanto eu sempre falo em aspectos terrestres. Ele caminha após sua formação desde uma espécie de Umbral, um aspecto de sombras, até um aspecto de Luz Total.

Ele, saindo das sombras, passa por fases. Por uma fase de reconhecimento sensível das coisas. Um reconhecimento sensível é feito, por exemplo, como as plantas sentem. Ele atravessa um mundo crescendo e, em crescendo, passa para um mundo onde, o que é sentido pode ser demonstrável, pode ser matematicamente provado.

Eu diria que os sentidos, os 5 sentidos, já nesta fase, acabam ficando em número suficiente para que entre eles haja uma ordenação daquilo que se sente. Por exemplo, se você tivesse somente a visão, claro haveria uma percepção diferente. Se tivesse visão e audição, você já pode comparar. Se tivesse visão, audição e olfato, você já compara mais. Então, saindo de um mundo de sombras ele passa para um mundo sensível, onde ele pode reconhecer mais, ampliar, talvez, o seu aspecto consciente e, chegar a uma parte de um mundo demonstrável. Um mundo demonstrável, eu diria, um mundo por assim dizer, matemático. Um mundo onde ele pode juntar duas ou três sensações e, dois, três ou quatro sentidos e, já dar uma explicação lógica do porque ele sente. A planta sente, mas não sabe por que sente, você sente e sabe por que você está sentindo. Então, aqui eu quero dizer, um mundo onde os sentidos são demonstráveis, as captações são demonstráveis. É uma passagem.

Caminha mais… Então, quando ele começa a querer saber o porquê do porque, ou seja, não só o demonstrável, mas, querer saber o porquê da demonstração. Na verdade ele passa para um mundo que o pessoal chama de metapsíquico, ou mundo de demonstração da matemática. Seria, então, um mundo matemático, metapsíquico matemático, onde ele entra na matemática e, começa a entender a razão de ser da lógica. Porque eu sinto? Porque 2 + 2 são 4?

E, assim ele caminha por esse mundo da meta-matemática e vai chegar, então, a um mundo do Conhecimento. Eu podia chamar esse mundo de mundo da Super-Essência.

SOMBRAS (Umbral – FormaçãoEssência)

SENSÍVEL (Sentimentos – Emoção – Essência)

INTELIGÍVEL (Matemática Demonstrável – Essência)

METAPSÍQUICO (Dentro da Matemática – Essência)

LUZ (Super Essência)

Isto é natural, isto ocorre sem que você deseje, isto ocorre porque é uma Lei Maior que comanda tudo isso. E não é assunto deste curso estudar Leis Maiores.

Quando a gente fala de sombras, a gente está querendo dizer o seguinte…

O que é sombra? Existe sombra quando há luz.

Não é ausência de luz, é o contrário, porque se não tiver luz, não tem sombra, é tudo escuro, é ausência de tudo. Só existe sombra se existe luz.

Viver no Mundo das Sombras é viver do outro lado do espectro, é viver na imagem virtual de algo que é real… Ou Real de algo que é virtual. Não importa analisar, mas, é viver outra dimensão, onde o Conhecimento ainda não se fez presente.

É como se fosse o início do início, Umbral…

Todos nós atravessamos isso.

No segundo estágio, já seria Essência… Mas, seria mais a formação, quando elas estão se juntando, se formando.

Para que haja evolução do princípio até o fim, sem querer estudar agora Leis que regem isto, porque não é deste curso, é preciso que haja nos seres que estão aqui, seres como no nosso caso, algo que a gente pode escrever com a palavra OUVIR.

Ouvir, não é escutar.

O que é Ouvir? Ouvir é deixar espaço para que, penetrado o que foi falado, que esse escutado entre em interação com todos os outros conhecimentos estabelecidos nos nossos cérebros e, dali, saia uma resultante nova, um novo conhecimento.

Ouvir é mais ou menos o processo do espermatozóide que se junta com o óvulo e, nasce uma terceira coisa. Nasce algo que é parte do espermatozoide, é parte do óvulo, mas não é nem espermatozoide, nem óvulo. É outra coisa, é um conhecimento novo.

Ouvir, deixar entrar, criar espaço dentro de você.

As pessoas normalmente não ouvem, só escutam. Quando um está falando o outro, ou está falando junto ou, então, está arquitetando planos, arquitetando o que vai falar, sem ao menos ter ouvido.

Ora, continuando a agindo assim, logicamente nunca vai se formar um elemento novo, um conhecimento novo.

Ouvir, não é só por palavras, é ouvir o canto dos pássaros, é ouvir o canto dos ventos, ouvir a cor da planta, as diferentes cores, matizes de cores, as diferentes vibrações.

Ouvir é sentir o conjunto, onde sua atenção está. Quando você põe a atenção em determinada coisa… A atenção é se deslocar, concentrar-se num ponto, num objeto. Concentração num ponto!

Quando você faz isto e, retém, começa a acontecer o processo cerebral de pegar aquilo que alguém está falando ou que você está ouvindo… Quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver. E, deixar que haja uma inter-ação com o restante de seus conhecimentos, para surgir algo novo.

Só essa maneira leva à evolução, outra não. Porque é impossível, porque nós dependemos de um cérebro, nós dependemos de um sistema que vai fazer toda a coordenação.

E, se nós não respeitarmos esse sistema que é a mente, representada pelo seu órgão principal, o cérebro… Se nós não atentarmos, prestarmos atenção é lógico, que não poderia haver mudança de passagem, mudança de nível.

Portanto, cabe àquele que deseja iniciação, Ouvir.

Ouvir não é só escutar. Ouvir é criar espaço dentro de si para poder haver modificação posterior.

O que acontece aqui? Eu repito 500 vezes a mesma coisa e, as pessoas não mudam, não há mudança.

Claro, quem não entendeu não ouviu, ou seja, quem não mudou, não ouviu.

Quem ouve, pode mudar, dependendo da sua capacidade cerebral.

Por quê?

Porque muitas vezes seu cérebro…